Nuno "Jimmy"





Nome: Nuno “Jimmy”
Localidade: Santo André





Há quantos anos andas de skate e como começaste?
Ando há 16 anos, mais de metade da minha vida. Uma vez ganhei um skate numa marca de chocolates e a partir daí sempre ficou o “bichinho”. Anos mais tarde, uns amigos meus da escola, o Ivo e o Gonçalo começaram a skatar nas férias de verão e quando voltei de férias também comprei um skate às peças, uns trucks numa loja de surf, umas rodas noutra e uma tábua a um gajo que vendia material no carro antes de abrir a 1ª skate shop em Santo André, o Nato.

Setup?
Tábua Creep n' Crawl 8.125”, rodas Haze wheels 54mm, rolamentos Warriors abec 7, trucks Independent Chris Haslam 139s, Nike Air II.

Street ou park?
Street, mas a partir desta idade ando melhor em park.

Dia perfeito?
Acordar ao meio dia, comer qualquer coisa boa, tomar um bom café e mandar granda skatada com os meus amigos num sítio qualquer. Depois irmos todos jantar, e já bem regados curtir uns concertos de punk.

Melhor companhia para skatar?
Os meus amigos Nato, Rudry, Binie, Chico, Silva, Ambrósio, Miga, Lucas, Johny David, Cabé, etc.

Música?
Muita coisa. Oiço desde música clássica até Hardcore, passando pela world music e drum n’bass. Gosto muito de Smiths, Clash, Doors, Led Zeppelin, Ramones, Sublime, Sonic Youth, Pixies, Death in Vegas, Rancid, Misfits, Garotos Podres, Gatos Pingados, Hatebreed, No Turning Back, Terror, Primitive Reason, Blasted Mechanism, Casualties, Dropkick Murphys, Millencolin, etc.

Objetivos em relação ao skate?
O meu objetivo é divertir-me em cima do skate.

Transporte preferido?
Skate! Em Santo André posso sair de casa de skate e andar por toda a cidade de skate.

Melhor spot?
South Bank, em Londres.

Melhor skatepark?
Não sei sinceramente. Gostei de todos (porque gosto de andar de skate) mas ao mesmo tempo não gostei de nenhum. Há sempre algo que não está bem ou que falta.

Skater preferido?
Gostava muito de ver andar o Rómulo, o França e o Ricardo Fonseca mas agora é o Rúben Gamito e internacional gosto de ver muitos.

Manobras preferidas?
Todas as que acerto, mas às vezes dá-me prazer só dar ollies.

Viagem de sonho?
Barcelona

Influências?
As minhas influências são os meus amigos.

O que o skate mudou na tua vida?
Mudou algumas maneiras de ver o mundo, alguns valores. Os skater’s têm outra forma de apreciar a arquitetura e o meio envolvente. Quanto aos valores, desenvolvi valores como a tolerância, a amizade, a liberdade, a solidariedade e a fraternidade. 

Atividades fora do skate?
Além do skate, adoro música e já fui dj algumas vezes, também gosto de pintar, uso tábuas usadas como tela. Também gosto de ler, de cinema e de fotografia.

O que achas que mudou no skate desde que começaste a andar?
Muita coisa mudou, ou foi mudando. Quando comecei havia mais união entre skater’s, fazia-se amizades verdadeiras. Agora, como também há mais gente a skatar, há mais competição negativa, mais posers, e também mais interesses. Alguns putos pensam logo nos patrocínios e/ou dar grandes toques quando mal sabem dar um ollie. Por outro lado tem aparecido mais parques.

Como vês o futuro do skate?
Vejo um futuro bom. Acho que o skate esteve muito bom no final dos anos 90/2000 (quando comecei), havia vários campeonatos e demos. Depois o país também foi piorando e as condições em relação ao skate também. Tem sido altos e baixos. Agora tem vindo a melhorar aos poucos. 

O que pensas em relação aos campeonatos?
Penso que os campeonatos são uma boa forma do skate ser encarado como uma atividade séria e credível na sociedade. Mas na realidade os campeonatos têm vindo a perder qualidade porque os patrocínios e apoios são poucos para quem organiza e para além disso, com a crise, os participantes têm diminuído, pois há pouco dinheiro para deslocações etc.
Mas é uma boa altura de convívio e fraternidade entre esta comunidade que tem como interesse comum o skate. 

Qual o skater pro que mais gostaste de ver ao vivo?
Gostei de ver o team da girl na expo, o Mike Carol, por exemplo, e mais recentemente, o Tommy Sandoval num spot da baixa de Lisboa e na expo também.

O que achas da Seven Ply dist., nomeadamente das suas marcas Warriors skateboards, Haze wheels, ScrewHeads hardware, Pulsar bearings, Creep N’ Crawl skts e September wheels?
Acho uma boa distribuidora com marcas de excelente qualidade. As tábuas da Warriors são muito boas. Acho que há marcas europeias que precisam de ser mais divulgadas e a Seven Ply faz um bom trabalho.

Dedica as tuas últimas palavras a quem queiras agradecer por direta ou indiretamente te ter ajudado no skate.
Quero agradecer à minha mãe e ao meu avô que apesar de não gostarem muito que eu andasse de skate sempre me ajudaram, ao Nato porque me apoiou sempre que pôde e apoia, e aos meus amigos pela companhia e pela pica, em especial ao meu vizinho Rúben Gamito.

“O skate é uma filosofia de vida onde cabem várias filosofias, só não cabe a hipocrisia e o cinismo, o preconceito e a intolerância… A humildade e o respeito, a amizade e união regem a nossa comunidade. Somo guerreiros com causa: a diversão e o desenvolvimento do skate. Skate é liberdade!”

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